Embarcação que naufragou em Suape foi sugada por correnteza, diz defesa de médico
Acidente no último sábado (21) resultou na morte da advogada Maria Eduarda Carvalho. Médica estava com o noivo, que sobreviveu após nadar por quase três horas

Foto: Acervo Pessoal
O barco que naufragou na praia de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, vitimando a advogada Maria Eduarda Carvalho de Medeiros, de 38 anos, não possuía coletes salva-vidas e foi "sugado" por uma forte correnteza até bater nos arrecifes e virar. As informações foram repassadas pela defesa do médico Seráfico Pereira Cabral Júnior, noivo da vítima e responsável por pilotar o veleiro. Ele sobreviveu ao acidente após nadar por quase três horas até o Porto de Suape, onde conseguiu pedir ajuda.
Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (27), o advogado Ademar Rigueira afirmou que a embarcação, um monocasco com vela bermudiana, não exigia habilitação para condução por não possuir motor. No entanto, mesmo com a obrigatoriedade legal, não havia coletes a bordo. “Ali é 1,5 metro de profundidade. Ninguém sairia para dar um passeio de 200 metros e botaria colete. Mas, tanto é para usar que, se tivessem usado, poderia ter facilitado o salvamento”, disse. "Quando ele fez a volta, o vento afastou o barco. Não teve força para o barco voltar. Quando ele conseguiu colocar o barco na posição correta para voltar, este foi sugado pela correnteza, bateu nos arrecifes, virou em virtude da pancada e afundou mais à frente", explicou. “Eles colocaram a cachorra em cima do barco que estava virado e saíram, cada um de um lado equilibrando, e o barco vai puxando. Tem uma hora que o veleiro começa a afundar. É quando ele a orienta, porque a correnteza era forte. Seráfico disse ‘não nade agora. Vamos deixar a correnteza nos levar’. Eles chegam no meio do mar e, em determinado ponto, os dois param de nadar. É aí que Seráfico aconselha Duda a nadar na linha das ondas, até chegar à costa. A ideia dele era chegar perto do Porto de Suape, onde achava que era o lugar certo, naquele momento”, completou.
A tragédia ocorreu na tarde do sábado (21). O corpo de Maria Eduarda foi encontrado quatro dias depois, na praia de Calhetas, no mesmo município. Seráfico, de 55 anos, estava internado desde o acidente e recebeu alta também nesta sexta. Ele ainda será ouvido pela Polícia Civil.
Durante a coletiva, o advogado do médico também apresentou uma cronologia do acidente. Às 17h08 do sábado foi registrado o primeiro chamado de barco à deriva, e, às 17h20, veio a confirmação de que a embarcação estava a um quilômetro da costa. Às 19h17, o médico foi resgatado em uma guarita de Suape. A confirmação do naufrágio só ocorreu às 20h54.
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