Cordelistas homenageiam o Dia do Nordestino

O Dia do Nordestino, comemorado nesta terça-feira (8), virou um dos assuntos mais comentados do Twitter nesta manhã. Internautas, artistas e lideranças políticas da região postaram homenagens nas redes. A data foi oficializada em São Paulo, no ano de 2009, em homenagem ao centenário do poeta, cantor e compositor cearense Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré. Além disso, o dia presta uma homenagem à diversidade cultural, típica da região. 

Para celebrar a data, CBN Recife convocou cordelistas pernambucanos para celebrar o dia junto aos ouvintes e internautas. No play acima você acompanha o cordel do gestor do Cais do Sertão, Toinho Mendes. Abaixo, o texto do artista pernambucano Toinho e do cordelista Esperativo. Nas nossas redes sociais, você assiste a homenagem de outros artistas locais. 

Dia do Nordestino - Por Toinho Mendes

Comer cuscuz 
Correr atrás de tanajura
Soltar pião, bola de gude
São coisas que Se faz desde que se é menino.

 Principalmente na luz
Daquilo que se conduz 
Se você nasce nordestino. 

Nos capricha no oxente,
Em tudo atocha farinha,
Que diabo de aipim?! 
A Macaxeira é que é minha!

Cheio de praia bonita
Um bocado de cabra da peste
Um bando de muié Formosa
Tudim nascida Nordeste 

É  que nós ama o que é
E que isso não é recado 
Não é por não ser nordestino 
Que a gente diz que você é um coitado

Nós  tem sol na moleira
E aguenta na luta o sol quente 
Porque sabe que nordestino
Tem orgulho no que faz e no que sente 

Então simbora comemorar
Nesse dia cheio de luz
Simbora comer guisado
De bode, e calango assado
Com dois pedacinhos De cuscuz 

Viva o Nordeste!

Dia do Nordestino - Por Poeta Esperantivo 

Gosto de beber água
Na cisterna ou no Barreiro
Deitando em um alpendre
Olhando para o terreiro
Vê os bichinhos comendo
E uma golada no poleiro

Vê o verde no roçado
Feliz o agricultor
Plantando milho e feijão
Sem precisar de trator
Este povo hospitaleiro
E também trabalhador

O Nordestino é guerreiro
Luta com disposição
No traquejo da lavoura
E também da criação
Todo dia batalhando
Com muita disposição

Minha fala é natural
Do meu jeito, sem embrulho
O Nordeste é minha terra
Em minha raiz mergulho
Meu “oxente” eu carrego
Com amor e com orgulho