Endividamento cresce no Recife, mas inadimplência segue controlada, segundo Fecomércio
Cartão de crédito segue como o principal meio de endividamento, utilizado por 92,2% das famílias

Foto: Joédson Alves / Agência Brasil
O nível de endividamento das famílias recifenses aumentou em janeiro de 2025, alcançando 83,9%, um avanço em relação ao mês anterior (82,0%) e ao mesmo período do ano passado (82,4%). Em termos absolutos, 442.497 famílias relataram algum tipo de dívida, um acréscimo de cerca de mil famílias desde dezembro. O recorte foi feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), com base na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, elaborada pela Confederação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.
Já a inadimplência se apresentou estável, com 26,2% das famílias afirmando ter contas em atraso. O número teve leve aumento em relação ao mês anterior (26,1%), mas ainda abaixo do registrado há um ano (30,6%). O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas dívidas também permaneceu estável, em 12,4%.
O cartão de crédito segue como o principal meio de endividamento, utilizado por 92,2% das famílias. Outros tipos de dívida incluem carnês de lojas (27,3%), financiamentos de veículos (6,3%) e crédito pessoal (5,3%). O comprometimento médio da renda com dívidas ficou em 29,9%, indicando que quase um terço da renda familiar segue destinado ao pagamento de compromissos financeiros.
Segundo o presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, o comércio acompanha de perto os movimentos do consumidor. “O cenário ainda exige cautela, mas a estabilidade na inadimplência e o controle no comprometimento da renda são pontos positivos. Para o comércio, isso significa que as famílias ainda estão consumindo, mas priorizando gastos essenciais. O crédito continua sendo um fator determinante e, se bem gerenciado, pode manter o setor aquecido ao longo do ano”, afirma.
Por sua vez, Rafael Lima, economista da Fecomércio-PE, avalia que o crescimento do endividamento não representa, necessariamente, um agravamento do cenário econômico, mas exige atenção. “O aumento do número de famílias endividadas reflete, em parte, a necessidade do crédito para manter o consumo. No entanto, a estabilidade da inadimplência mostra que os consumidores estão conseguindo administrar seus compromissos financeiros. O grande desafio continua sendo o impacto do crédito caro e do elevado comprometimento da renda, que pode limitar o poder de compra nos próximos meses”, analisa.
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