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Junho Roxo: levantando a voz sobre a infertilidade em Pernambuco


Por: REDAÇÃO Portal

Em Pernambuco, a taxa de fecundidade caiu para 1,6 filho por mulher em 2023

Em Pernambuco, a taxa de fecundidade caiu para 1,6 filho por mulher em 2023

Foto: Reprodução/IMIP

18/06/2025 16
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A infertilidade é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a incapacidade de conceber após 12 meses de vida sexual ativa, sem métodos contraceptivos. É estimado que 8 milhões de pessoas no Brasil apresentem esse quadro, equivalente a cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva. No mundo, o problema afeta entre 48 milhões de casais, ou aproximadamente 16–18% dos adultos. As causas envolvem fatores masculinos, femininos e mistos, variando entre diminuição da reserva ovariana, varicocele, tubalidade comprometida e aspectos ligados ao estilo de vida, como tabagismo, álcool, estresse e sono inadequado.

Em Pernambuco, a taxa de fecundidade caiu para 1,6 filho por mulher em 2023, bem abaixo do nível de reposição (2,1) e mais baixo do que a média nacional de 1,57. Esta tendência demográfica é acompanhada da redução anual de nascimentos — de 180 593 registrados em 2000 para 116 343 em 2023 — e pela queda da mortalidade infantil, que passou de 42 para 12,9 óbitos por mil nascidos no mesmo intervalo. O cenário local reflete o envelhecimento populacional e reforça a urgência de políticas públicas que garantam o diagnóstico precoce da infertilidade, acesso à educação reprodutiva e tratamentos adequados, especialmente diante da nova realidade demográfica.

Os avanços na reprodução assistida oferecem esperança, ainda que o acesso via SUS esteja restrito a poucos centros. Desde 2009, o Recife conta com o Centro de Reprodução Humana no IMIP, capaz de realizar cerca de 70 fertilizações/ano, sem custo aos pacientes. Apesar disso, Pernambuco ainda carece de expansão desses serviços, bem como de campanhas locais de conscientização – especialmente em junho, mês mundial de conscientização sobre infertilidade. O desafio passa por ampliar o diagnóstico precoce, priorizar a atenção básica para garantir que 70% dos casos, que são resolvíveis com procedimentos de baixo custo, tenham seguimento efetivo, conforme orientações da Política Nacional de Atenção à Saúde da Mulher.

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