Minha casa, minha vida, proposta quer incluir eletrodomésticos no financiamento

No jogo de mudança de nomenclatura, o Casa Verde e Amarela, do governo Bolsonaro, voltará a se chamar Minha Casa Minha Vida, na gestão do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O antigo nome voltará, mas algumas alterações na política habitacional estão previstas, como a mudança na faixa de renda das famílias, saindo de até R$1.600 para até R$2.4000. O programa também inclui ações de reformas de residência,urbanização das favelas e facilidade para o financiamento. No entanto, a recriação do programa vem alinhada com uma nova medida debatida pelos fabricantes de eletrodomésticos, que defendem a inclusão de ítens essenciais da linha branca, como geladeiras, fogão e máquina de lavar roupa dentro do financiamento.

O setor de eletrodomésticos vem passando por uma queda na sua produção e até mesmo de vendas. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos 12 meses, a queda foi de 7,3% até abril de 2023. Para a economista e professora Lytiene Rodrigues, a inclusão desses bens de consumo no programa se tornam uma oportunidade para os empresários do setor.

O deputado Marcelo Crivella (Republicanos/RJ), que teve seu mandato cassado recentemente, encaminhou uma proposta de emenda que visa incluir geladeira e fogão no financiamento da casa própria. A MP está em tramitação na Câmara, não incluiu essa emenda. Lytiene Rodrigues ainda destaca que essa inclusão deve beneficiar a população, sabendo que altera o valor do financiamento, caso seja obrigatório ou não a adesão.

Nos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff, foram entregues cerca de 4,2 milhões de moradias. Em 2010, enquanto candidata do PT à Presidência da República, Dilma estudou a possibilidade de incluir a compra de eletrodomésticos e móveis básicos no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, no entanto, a proposta não vingou.

Ouça a notícia com o repórter Guilherme Camilo, clicando no 'play' acima.