Paulo Guedes afirma que governo "mudou eixo da economia"
Orçamento destinado à assistência superou verbas de ministérios

Foto: Marcello Casal Junior/ Agência Brasil
O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou hoje (04) à tarde de uma teleconferência pelo YouTube com empresários do setor varejista de diferentes partes do país, ligados à Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas.
Na abertura, o ministro assinalou o esforço que o governo está fazendo esforço para ajudar a população durante a fase de distanciamento social - medida que visa evitar maior contágio do novo coronavírus -, em especial junto a aposentados, beneficiários do programa Bolsa Família e trabalhadores informais.
O ministro da Economia lembrou que já foram anunciadas medidas para garantir a manutenção de emprego e também para dar crédito às empresas.
Segundo Guedes, o pacote de medidas anunciadas na última semana é maior do que o orçamento de gastos que estava previsto para todos os ministérios em 2020. A decisão assinala uma mudança na política econômica que, antes da crise provocada pelo novo coronavírus, era centrada no controle fiscal, na redução de despesas e na diminuição do déficit público.
“Trocamos o eixo de atuação de reformas estruturantes para o eixo de medidas emergenciais, que confirmam nosso pacto federativo”, disse o ministro.
Conforme Guedes, o país neste momento fura a onda da pandemia com medidas de proteção e isolamento social, e no momento seguinte terá de furar uma segunda onda, de natureza econômica, por causa da paralisação das atividades em diversos segmentos, e em especial no comércio. “Vamos atravessar essas ondas juntos”, disse.
Mantendo um tom positivo, Paulo Guedes garantiu crédito e reforçou a necessidade de manter o fluxo de pagamentos das despesas constantes das empresas, como em serviços de abastecimento (água, luz, telefonia) e junto a fornecedores. “Não vamos interromper os fluxos de pagamentos”, pediu.
Em sua visão, a interrupção atrapalharia a produção econômica. “Temos que manter respirando e oxigenada a economia brasileira. Podemos renegociar tudo, mas não podemos desorganizar a rede de pagamento.”
Paulo Guedes pediu união e apoio dos empresários. “Se do ponto de vista da saúde precisamos do isolamento, o que é contra a nossa natureza afetiva (...), do ponto de vista de rede de produção, essa capilaridade não pode ser perdida”. Segundo ele, “um pode salvar o outro. Não podemos soltar as mãos uns dos outros”, concluiu.
O Ministério da Economia se reuniu nos últimos dias com cerca de 190 associações e recebeu mais de uma centena de pedidos e sugestões para contornar a crise econômica.
Notícias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 18/07/2025
Receita diz que não fará cobrança retroativa do IOF de...
Fisco vai avaliar situação de contribuinte que pagou IOF
- Por REDAÇÃO
- 18/07/2025
Governo paga primeira parcela do Chapéu de Palha para...
Número de cadastrados diminuiu 9% em relação a 2024 pela...
- Por REDAÇÃO
- 17/07/2025
Justiça Federal de Pernambuco condena quadrilha acusada de...
Esquema de “idosos de aluguel” gerou prejuízo total estimado de...
- Por REDAÇÃO
- 17/07/2025
Aposentados têm até 14 de novembro para aderir ao plano...
Pagamento dos valores terá início a partir de 24 de julho
- Por REDAÇÃO
- 14/07/2025
Ministério da Fazenda aumenta para 2,5% a estimativa do...
Previsão oficial de inflação cai para 4,9%
- Por REDAÇÃO
- 12/07/2025
Goiana, na Mata Norte de Pernambuco, pode receber aeroporto...
O projeto foi anunciado durante visita do ministro Silvio Costa Filho...