PF desmonta esquema de corrupção e tráfico de drogas em presídio de Igarassu
Operação prendeu policiais penais e revelou privilégios ilegais a detentos

Foto: Divulgação/PRF
A Polícia Federal deflagrou uma operação para desarticular um esquema de corrupção e tráfico de drogas no Presídio de Igarassu, no Grande Recife. Policiais penais, incluindo um ex-diretor do presídio, recebiam propina, joias e outros benefícios para conceder privilégios a detentos, como festas, visitas irregulares e influência na transferência de presos. Além disso, a PF também constatou a produção de pasta base de cocaína dentro do Espaço Cultural da unidade.
Um dos alvos da operação La Catedral, como foi nomeada, é o detento Lyferson Barbosa da Silva que chegou a ordenar, em 2023, ataques à sede do Detran, a escolas e até hospital no Estado, com o intuito de desestabilizar a Secretaria de Defesa Social. Investigações revelaram que ele também planejava incendiar veículos e assassinar inocentes. Por continuar comandando crimes de dentro da prisão, Lyferson foi transferido para a Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, por determinação da Justiça.
No total, foram cumpridos nove mandados de prisão preventiva, 12 mandados de busca e apreensão, dois afastamentos de função e o sequestro de bens dos investigados. As medidas ocorreram nas cidades do Recife, Paulista, Goiana, Carpina, Abreu e Lima e Itapissuma, em Pernambuco, e ainda em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A operação é resultado de uma investigação iniciada após a identificação de um detento que comandava crimes na unidade, contando com o apoio de servidores do sistema prisional.
A Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) afirmou, por meio de nota, que não tolera atos ilícitos, e reforçou seu compromisso no combate à criminalidade dentro das unidades prisionais. A pasta destacou medidas como mudanças na gestão prisional e fortalecimento da Comissão de Sindicância.
Já o Sindicato dos Policiais Penais de Pernambuco (SINPOLPEN), também emitiu nota afirmando que acompanha o caso e defende a presunção de inocência dos envolvidos. A entidade acionou o departamento jurídico para garantir o devido processo legal e afirmou não compactuar com práticas criminosas pela categoria.
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