Polícia Civil desarticula organização criminosa responsável por sonegar R$ 140 milhões no Sertão de Pernambuco
Esquema criminoso atuava no Polo Gesseiro do Estado

Foto: Divulgação/PCPE
A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) deflagrou, na última terça-feira (15), uma operação para desmantelar um esquema de sonegação fiscal ligado à cadeia de distribuição do Polo Gesseiro do Araripe, no Sertão do estado. A ação resultou na prisão de sete pessoas e no cumprimento de 22 mandados judiciais contra outros envolvidos em uma organização criminosa que, nos últimos dois anos, movimentou cerca de R$ 1 milhão.
Batizada de Operação Malta, a investigação teve início em fevereiro de 2023, com o objetivo de identificar e desarticular o grupo responsável por crimes como sonegação de impostos, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e falsificação de documentos.
As informações foram detalhadas em uma entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (22), na sede da Polícia Civil, localizada no centro do Recife.
O esquema criminoso operava principalmente através de empresas do setor gesseiro situadas nos municípios de Trindade e Araripina, em Pernambuco, além de Marcolândia, no Piauí. A região concentra mais de 90% da produção nacional de gesso, o que torna o Polo Gesseiro estratégico para o setor.
De acordo com as investigações, a fraude consistia na emissão irregular de notas fiscais — muitas vezes falsas ou provenientes de empresas fantasmas — com o intuito de driblar a fiscalização dos órgãos fazendários e sonegar tributos. A suspeita inicial surgiu durante ações de campo da Secretaria da Fazenda, ao verificar inconsistências nos documentos fiscais.
Durante os dois anos de apuração, a polícia identificou 42 empresas fictícias envolvidas no esquema, todas ligadas a quatro grandes empresas, que lideravam a prática de sonegação.
Um dos aspectos mais graves revelados foi o uso de dados pessoais de pessoas em situação de vulnerabilidade econômica. Segundo a polícia, essas pessoas eram abordadas para vender seus documentos — como CPF — que, posteriormente, eram utilizados na criação de empresas de fachada.
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