Primeiro policial depõe sobre caso dos oito assassinatos em Camaragibe

Nesta terça-feira (26), foi ouvido o primeiro policial envolvido nos crimes ocorridos em Camaragibe que resultaram na morte de oito pessoas em menos de 24h. O depoimento foi concedido ao Grupo de Operações Especiais (GOE) e durou cerca de uma hora e meia. O advogado Miguel Caribé, que faz parte da equipe de defesa do soldado, informou que seu cliente chegou na segunda viatura que foi chamada como reforço para a ocorrência em andamento no bairro de Tabatinga.

Além do depoimento do soldado, o GOE escutou, na semana passada, a família que mora na casa onde se iniciou o confronto. Assim como foram feitas perícias nos locais relacionados aos crimes.

Agora são analisadas as imagens de 20 câmeras da região que podem ter pistas do ocorrido entre a noite do dia 14 e a manhã do dia 15 de setembro. Ao todo, somando todos dispositivos de vídeo, são cerca de 260 horas de gravação.

Outro ponto investigado é a denúncia feita por um dos sobreviventes dos crimes, um adolescente de 14 anos que levou um tiro durante o confronto. De acordo com o jovem, a ação da polícia, após a morte dos dois policiais militares, foi truculenta.

O caso dos assassinatos em Camaragibe iniciou-se após uma denúncia de perturbação de sossego. À noite, os policiais que atenderam ao chamado foram mortos após troca de tiros com Alex Silva. No dia seguinte, foram encontrados os corpos de Alex e de cinco familiares dele. Três desses assassinatos foram transmitidos ao vivo por uma das vítimas; no vídeo é possível ver atiradores encapuzados.

Ouça matéria da repórter Taynã Olimpia no play acima.