Reportagem especial, acompanhamos um breve panorama dos casos na última década e novas perspectivas

Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press (via G1)
"PERIGO! ÁREA SUJEITA A ATAQUE DE TUBARÃO" é a frase encontrada nas dezenas de placas vermelhas espalhadas pela orla de Pernambuco. O aviso reforça um medo já enraizado no imaginário dos pernambucanos e turistas da região, e que se traduz em memes, alertas e a clássica pergunta: "tem mesmo tubarão em Boa Viagem?"
Na verdade, existe um trecho de 33 km de praia no Grande Recife onde há maior probabilidade de ocorrer incidentes com os animais marinhos. Até hoje, nessa área, já foram registrados 67 incidentes com tubarões. E outros 10 no arquipélago de Fernando de Noronha.
O problema não é de agora, e o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) vem, desde 2004, mapeando casos e estudando respostas para o problema, em uma parceria entre secretarias estaduais, polícia, bombeiros, prefeituras e universidades.
Acontece que, há quase 10 anos, esses trabalhos não aconteciam de forma ideal, como comenta a Gerente Geral de Áreas Costeiras e secretária executiva do Cemit, Danise Alves: "O Cemit nunca deixou de trabalhar, nunca deixou de acomopanhar e monitorar os incidentes, mas faltou ações contínuas de educação ambiental, de pesquisa... Muitos pesquisadores tiverem que terminar as suas pesquisas por faltas de recursos, realmente."
Só neste ano, já foram três casos de incidentes com tubarões, em menos de dois meses, em Olinda e em Jaboatão dos Guararapes. As vítimas sobreviveram, mas precisaram ter membros amputados. Foi aí que o Cemit voltou ao radar dos investimentos do Governo estadual, com aprovação de novos projetos de pesquisa. "Neste ano foram aprovados no edital da Facepe quatro projetos, que têm relação com diagnóstico das causas dos incidentes, segurança e edu ambiental, avaliação socioeconomica, tecnologias para o monitoramento, prognóstico e mitigação", informa Danise.
Além da área acadêmica, o Corpo de Bombeiros, que é a linha de frente na defesa das vítimas, também recebeu previsão de melhorias, como detalha o Tenente-Coronel Cristiano Corrêa, comandante do Grupamento de Bombeiros Marítimo: "Existe uma perspectiva de recebimento de embarcações que vão aumentar esse patrulhamento, bem como ações de proteção dos próprios guarda-vidas. Estamos em processo de pesquisa para identificar qual seria o repelente eletromagnético mais adequado para os guarda-vidas usarem."
Até que os frutos dessa retomada do Cemit comecem a ser colhidos, segue a importância de respeitar as orientações sobre o banho de mar feitas pelos bombeiros e outros especialistas. De acordo com Cristiano Corrêa, esse é um trabalho fundamental: "Observemos que as últimas vítima atacadas eram adolescentes, então elas não passaram pela maior crise dos incidentes com tubarões, pois ocorreram há mais tempo. Então mostra que o processo de educação da população deve ser contínuo."
Reportagem especial pelos 10 anos da CBN Recife. Ouça matéria completa da repórter Taynã Olimpia no 'play' acima.
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