Segundo cientista social, o aumento de feminicídios pode ser decorrente da falta de medidas preventivas

Foto: Fabio Rodrigues/Agência Brasil
Andreia Santos Silva, 27 anos. Danielle Priscilla Melo Da Silva, 34 anos. Lucimar dos Santos Dantas, 52 anos. Você deve estar se perguntando “o que essas mulheres têm em comum?”. Bom, todas foram brutalmente assassinadas por seus companheiros em Pernambuco no mês de janeiro.
De acordo com dados da Secretaria de Defesa Social do Estado (SDS-PE), durante o primeiro mês de 2024, Pernambuco contabilizou oito ocorrências de feminicídios. Dois casos foram registrados na Região Metropolitana do Recife, três no Sertão, dois no Agreste e um na Zona da Mata.
Quando comparamos com o mesmo período de 2023, percebemos que houve um aumento de ocorrências notificadas pelo estado. Em janeiro do ano passado, foram cinco casos contra a vida de mulheres. Além disso, todos foram registrados no Agreste pernambucano. Situação que, segundo a cientista social e coordenadora do Gabinete Assessoria Jurídica Organizações Populares - GAJOP, Edna Jatobá, pode ser decorrente da falta de medidas preventivas.
Aline Bezerra da Silva, 29 anos. Solange Souza da Silva, 37 anos. Tatiana do Nascimento, 40 anos. Esses são os nomes de algumas das 7 mulheres que foram assassinadas por maridos ou ex-companheiros durante o mês de fevereiro em Pernambuco. Esses feminicídios ainda não foram oficializados, mas foram noticiados. Porém, é preciso levar em conta que muitas mortes de mulheres não são divulgadas.
Neste mês de março, onde se celebra o Dia Internacional da Mulher, Suyene Mary de Lima, de 36 anos, foi assassinada pelo marido, que era cabo da Polícia Militar, com 13 tiros. Ela foi morta não só pelo companheiro, mas por um policial que tinha a missão de proteger pessoas. Enquanto casos como o de Suyene continuarem a acontecer, nós, mulheres, não temos muito o que celebrar. Edna Jatobá destaca a necessidade do estado ter um plano de segurança para as mulheres pernambucanas.
Denúncias de violência doméstica e feminicídio podem ser feitas na Ouvidoria da Mulher de Pernambuco que atende gratuitamente pelo telefone 0800-281-8187. Em caso de emergência policial, a orientação é ligar para o 190. Também é possível procurar a Delegacia da Mulher mais próxima de você. Não se cale. Sua vida vale mais do que o seu medo.
Ouça matéria da repórter Maria Luna no ‘play’ acima.
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