Mulher sedada e internada em clínica de saúde mental é estuprada por vigilante em Camaragibe

Uma mulher de 30 anos internada em uma clínica de saúde mental foi estuprada por um vigilante da própria clínica em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR). A vítima estava sedada, e portanto, sem qualquer possibilidade de reação. O abuso aconteceu em novembro do ano passado, mas as imagens de uma câmera de segurança instalada no local, que mostram o homem, de 47 anos, colocando a mão por baixo do lençol que cobria a paciente, só foram divulgadas nesta semana.

De acordo com a família da vítima, a qual estava internada para se tratar de uma crise de depressão, o criminoso foi indiciado por estupro no início de junho, mas segue foragido seis meses após o crime. O homem trabalhava como vigilante na Clínica Hospitalar Reluzir há dois meses, e o estabelecimento informou que ele foi demitido logo que se tomou conhecimento do caso. O nome dele não foi divulgado.

A advogada da vítima, Maria Eduarda Albuquerque, afirmou ao G1 Pernambuco que, quando a paciente sentiu os toques do segurança, fechou os olhos e esperou que todo aquele cenário de violência acabasse. A advogada também relatou que, depois que o homem deixou o local, a paciente continuou sozinha, na sala e a família só foi informada do caso na manhã do dia seguinte. 

Um boletim de ocorrência foi registrado pela família da vítima de 30 anos na Delegacia de Camaragibe, e ela foi levada para casa, segundo a defesa, sem qualquer tipo de apoio da clínica, o que fez com que o quadro de saúde dela acabasse piorando.

A Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) informou que o inquérito já foi concluído e encaminhado ao Ministério Público, com o indiciamento do vigilante pelo crime de estupro.  Um técnico em enfermagem que deveria ser responsável pelo acompanhamento dos pacientes no turno em que o crime aconteceu, ou seja, na madrugada do dia 17 de novembro de 2023, também foi indiciado por omissão de socorro. 

Em nota, a Clínica Hospitalar Reluzir afirmou ser reconhecida pela "segurança dos pacientes e colaboradores", e desde que a direção tomou conhecimento do caso, não apenas deu apoio à vítima e à família, como colaborou com a polícia nas investigações. O homem segue foragido.

Ouça a nota do repórter Lucas Arruda no 'Play' acima